Lápis de Cera sobre papel, 30 x 40 cm, 2008
28 abril 2009
04 março 2009
Universo Imaginário
Aguarela sobre papel, 30 x 40 cm, 2009
...
Céu baixo, grosso, cinzento
e uma luz vaga pelo ar
chama-me ao gosto de estar
reduzido ao fermento
do que em mim a levedar
é este estranho tormento
de me estar tudo a contento,
em todo o meu pensamento
ser pensar a dormitar.
Mas que há para lá do sonhar?
"Que Há para Lá do Sonhar?", Vergílio Ferreira, in "Conta-Corrente 1"
28 fevereiro 2009
18 janeiro 2009
Pessoa, Poeta Fingidor
Tinta da China e Aguarela sobre papel, 30 x 40 cm, 2009
Álvaro de Campos, in "Poemas"
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O poeta é um fingidor.
Fernando Pessoa
...
Quanto mais eu sinta, quanto mais eu sinta como várias pessoas,
Quanto mais personalidades eu tiver,
Quanto mais intensamente, estridentemente as tiver,
Quanto mais simultaneamente sentir com todas elas,
Quanto mais unificadamente diverso, dispersadamente atento,
Estiver, sentir, viver, for,
Mais possuirei a existência total do universo,
Mais completo serei pelo espaço inteiro fora.
...
...
Os heterônimos são invenções de personagens completos, que têm uma biografia própria, estilos literários diferenciados, e que produzem uma obra paralela à do seu criador. Fernando Pessoa criou várias dessas personagens. Três delas foram excelentes poetas: Ricardo Reis, Alberto Caeiro e Álvaro de Campos.
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